Entre as atividades desenvolvidas no dia 7 de setembro, durante o Congresso Nacional da Intercom, na ECA/USP, estiveram o VIII Fórum Eptic (foto abaixo, à dir.), que discutiu o tema “A importância das políticas culturais: quais são os nossos direitos”, com coordenação de Anita Simis, da Intercom, exposição de Francisco Cunha (Unifor), além de Alexandre Barbalho (UECE) e Ruy Sardinha (USP São Carlos) como debatedores; a mesa “Jornalismo e Literatura”, que reuniu o escritor e jornalista Antonio Torres, o curador da Flip Paulo Werneck, a crítica literária Beatriz Resende e o gestor cultural Afonso Borges, com mediação do diretor Editorial da Intercom, Felipe Pena (foto acima); e o II Fórum Socicom-Intercom, evento em que se debateu “O papel da informação na democracia e os oligopólios de mídia”. Nesse encontro (foto abaixo, à esq.), Claudia Lago, professora da ECA, Ana Flavia Marx, do Centro de Mídia Barão de Itararé, e Venício Lima, professor aposentado da UnB, concordaram quanto aos riscos da concentração de poder e influência dos grandes grupos de comunicação brasileiros.
Venício apresentou um artigo em que explicava por que as maiores empresas de mídia no Brasil formam um oligopólio, de acordo com a definição em lei. Um dos critérios para exemplificar essa condição seria o volume de publicidade destino às redes. Segundo ele, os últimos dados disponíveis, de 2009, apontavam para 73,5% de toda a verba de publicidade no país concentrados numa mesma empresa. Ana Flavia, por sua vez, destacou o papel de censura desempenhado pelos grupos de mídia, ao omitirem informações do público, como as manifestações contra o atual governo; e Claudia Lago disse que a grande imprensa se editorializou flagrantemente, mas lembrou que a mídia independente também se comporta, eventualmente, desta maneira. Ao final do encontro, a presidente do Conselho Curador da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Rita Freire, foi convidada a integrar a mesa e fez uma defesa da comunicação pública no país, afirmando que a tentativa de extinguir o conselho é uma forma de tornar a EBC uma empresa de governo – e não de Estado, com controle da sociedade.
A última atividade do dia 7 foi a Assembleia de Sócios da Intercom, momento em que os diretores apresentaram as principais realizações no período (foto abaixo, ao centro), o balanço foi aprovado e os sócios puderam se posicionar sobre questões gerais. A partir de uma manifestação, ficou decidido que a diretoria e o Conselho Curador da entidade avaliariam a política de parcerias com empresas e instituições, com o intuito de ampliar sua diversidade. Durante a assembleia, duas sócias com 25 anos de Intercom – Claudia Peixoto de Moura e Maria José da Costa Oliveira (foto abaixo, à esq.) – foram homenageadas com placas comemorativas. E representantes da Universidade Positivo, entre os quais sua coordenadora de Jornalismo, Zaclis Veiga, anunciaram a realização do próximo Congresso Nacional da Intercom na instituição (foto à dir.), em Curitiba.
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