28 de agosto de 2019
A comissão organizadora do 41º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos divulgou no último dia 21 de agosto que os jornalistas Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo) e Glenn Greenwald (The Intercept Brasil) serão os homenageados deste ano com o Prêmio Especial Vladimir Herzog. Na categoria in memoriam, o escolhido foi Hermínio Sacchetta, ícone das antigas redações e de gerações inteiras de jornalistas brasileiros.
Além das três homenagens especiais, o Prêmio Vladimir Herzog reconhecerá trabalhos que valorizem a Democracia e os Direitos Humanos. As 692 produções inscritas estão em avaliação pelos 33 jurados convidados, e os finalistas das seis categorias serão divulgados no dia 27 de setembro. A escolha dos vencedores será em 11 de outubro, em sessão pública de julgamento na Sala Oscar Pedroso Horta da Câmara Municipal de São Paulo.
No dia 24 de outubro, o teatro TUCARENA, em São Paulo, será o palco de uma Roda de Conversa com os Ganhadores, das 14h às 18h, e da solenidade de premiação, a partir das 20h.
O 41º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos é promovido e organizado por uma comissão constituída pelas seguintes instituições: Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom); Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); OAB São Paulo; coletivo Periferia em Movimento; Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio); e Instituto Vladimir Herzog.
Homenageados de 2019
Patrícia Campos Mello atua como repórter especial e colunista da Folha de S. Paulo. Foi recentemente agraciada com o Prêmio Internacional da Liberdade de Imprensa do Comitê de Proteção ao Jornalista, após sofrer represálias e ameaças na internet por reportagem que denunciou crimes eleitorais na candidatura de Jair Bolsonaro à presidência.
Glenn Greenwald, advogado e jornalista, é um dos fundadores do The Intercept Brasil, site responsável pela série de reportagens intitulada “Vaza Jato”, que evidencia condutas suspeitas do judiciário brasileiro a partir de conversas no aplicativo Telegram. Ganhou o Pulitzer de Jornalismo, em 2014, por artigos no The Guardian sobre o sistema de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos denunciada por Edward Snowden.
Hermínio Sacchetta começou carreira no jornalismo em 1928. Atuou em redações como as do Correio Paulistano, Folha da Manhã, Folha da Noite e Folha de S. Paulo. Militante político, foi editor do jornal A Classe Operária e preso na ditadura do Estado Novo.
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