POR DENTRO DOS GPs: GP Estudos de Televisão e Televisualidades

15 de janeiro de 2019

O JORNAL INTERCOM dá continuidade à série de reportagens especiais “Por Dentro dos GPs”, com o objetivo de disseminar o escopo, as atividades e o histórico dos 34 Grupos de Pesquisa (GPs) da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Nesta edição, é a vez do GP Estudos de Televisão e Televisualidades.

Conversamos por e-mail com os atuais coordenadores do GP, professores Carlos Eduardo Marquioni (UTP, coordenador) e Gustavo Daudt Fischer (Unisinos, vice-coordenador). Confira.

INFORMAÇÕES BÁSICAS

E-mail do grupo: gp.estudos.televisao@intercom.org.br

Grupo de discussão: tv-televisualidades@googlegroups.com

HISTÓRICO

O Grupo de Pesquisa Estudos de Televisão e Televisualidades foi criado em 2010 a partir do extinto Núcleo de Pesquisa Audiovisual da Intercom. O GP foi proposto durante o 33º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado na Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias do Sul (RS), a partir do artigo “A pesquisa em televisão e vídeo: um panorama da produção científica no núcleo de pesquisa Comunicação Audiovisual da Intercom”, em que a professora Ana Silvia Lopes Davi Médola (Unesp) apresentava justificativas para a criação de um novo grupo de pesquisa na Intercom que abordasse televisão e vídeo: na "comunidade científica brasileira as investigações mais sistemáticas voltadas especificamente aos estudos de televisão e vídeo são relativamente recentes, tendo registrado maior impulso somente a partir dos anos 80 do século passado. Isso porque, mesmo sendo a televisão um dos meios mais relevantes no sistema de comunicação do país desde sua implantação, há que se registrar que durante muito tempo prevaleceu, entre boa parte dos intelectuais e acadêmicos, certa visão ideológica e em boa medida elitista em relação à televisão, impedindo considerá-la como objeto de pesquisa científica digno de atenção". Adicionalmente à atenção que a televisão passou a ter, "o surgimento do videocassete entre os anos de 1970/1980 impôs-se como um fenômeno a ser observado, tendo em vista o fato de inaugurar novas perspectivas expressivas bem como novas formas de consumo de produtos audiovisuais no cotidiano das pessoas". Procurando concentrar pesquisas que abarcassem esses temas, foi aceita a proposta de criação do grupo, então com o nome de GP Televisão e Vídeo.

A partir da reunião do GP realizada no 38º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, em 2015 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o professor Bruno Souza Leal, coordenador do GP na época, conduziu uma consulta por e-mail para que os participantes do grupo pudessem discutir possíveis alterações na ementa. Participaram da consulta 38 pesquisadores, que, entre os dias 13 de setembro e 17 de setembro, produziram intensa troca de e-mails que culminou com a redefinição do nome do GP (que passou a chamar Estudos de Televisão e Televisualidades). O novo nome (sugestão da nova coordenadora do GP, professora Suzana Kilpp) procurava destacar que "que há diferenças fundamentais – técnicas, estéticas, estratégicas, operacionais etc. – entre a televisão e os usos e apropriações que são feitos dela nesses outros ‘lugares’ [...] também que é preciso tratar de todas suas particularidades (como mídia) e potência (como devir), resgatando e marcando nesse GP a importância dos estudos de televisão para a área. [...] isso pode ser alcançado pelo viés dos estudos da televisão (mídia) no escopo das televisualidades (seus devires)".

PESQUISA

Segundo a coordenação do GP Estudos da Televisão e Televisualidades, o grupo conta com a participação de cerca de 15 pesquisadores “estáveis” (com ao menos duas participações cada três anos) e outros participantes “flutuantes”, que são pesquisadores em formação (que apresentam trabalhos de pesquisa de mestrado e doutorado, mas não necessariamente continuam participando do GP com o término da investigação que conduzem). Em média, 35 trabalhos são apresentados anualmente nos congressos da Intercom por doutores, doutorandos, mestres e mestrandos. “Via de regra, todas as regiões do país têm trabalhos submetidos, embora costume haver mais trabalhos da região onde ocorre o congresso. Em 2018, quando o evento foi em Joinville (SC), tivemos 22 trabalhos da região Sul/Sudeste e apenas dois do restante do país; tivemos ainda dois pesquisadores estrangeiros autores de artigos”, explicam os coordenadores do GP.

NOVIDADES

O Grupo de Pesquisa Estudos de Televisão e Televisualidades divulgou, durante o Intercom 2018 em Joinville (SC), sua intenção de publicar um livro a cada dois anos como resultado de seus encontros anuais. Para tanto, a atual coordenação do GP sistematizou o processo de organização dessas coletâneas, de forma a garantir a periodicidade e a coesão das obras. Segundo o documento apresentado no encontro de 2018:

  • A coletânea será publicada a cada dois anos, ao final do período de cada coordenador do GP;
  • A coletânea deve ser organizada pelo coordenador e vice-coordenador do GP;
  • Os organizadores não podem publicar nas coletâneas. Além disso, ao menos um dos autores de cada artigo deve ter participado do GP no período abrangido pela coletânea (participação aferida a partir da lista de presença);
  • Podem ser publicados nas coletâneas: quatro artigos considerados como melhores textos das sessões do GP dos dois anos contemplados pelo livro, sendo que a versão final deve ter algum desenvolvimento (por exemplo, considerando contribuições apresentadas durante a apresentação do trabalho no GP). Além disso, até dez artigos serão selecionados via submissão, sendo que cada um pode ter até três autores (pelo menos um deles deve ter participado do GP no período).
  • A seleção de artigos submetidos será feita por um comitê científico formado pelo coordenador e vice-coordenador do GP, bem como por pesquisadores convidados.
  • Após os aceites, os artigos selecionados devem ser publicados no primeiro semestre do ano seguinte ao período da coletânea.
  • O tema de cada coletânea será definido a partir de sugestões dos participantes, das quais a coordenação pré-selecionará dois temas, que, por sua vez, devem ir para votação na reunião do GP no primeiro ano do período.

O GP já está com chamada aberta para o volume 2018-2019 de sua coletânea bienal. As submissões vão até 20 de fevereiro de 2019. Com publicação prevista para 2020, o livro incluirá 15 artigos no eixo temático “Televisão e Televisualidades: continuidades e rupturas em tempos de múltiplas plataformas”.

Mestres, mestrandos e doutorandos (com um doutor como coautor) e doutores estão convidados a submeter trabalhos que abordem estudos de produção, circulação e recepção de conteúdos televisivos; pesquisas relacionadas a programas, gêneros, discursos e formatos de TV; artigos que analisem o impacto do atual estágio da técnica e da cultura sobre a TV (como um todo ou sobre uma de suas facetas em particular); e revisões de teorias e métodos de pesquisa sobre televisão e televisualidades, incluindo estudos relacionados à natureza tecnocultural, discursiva, ética e estética de produtos ou conteúdos televisuais, estudos históricos, arqueológicos e memoriais da televisão e sua relação com outras mídias.

Os artigos devem ser encaminhados para o e-mail gp.estudos.televisao@intercom.org.br. Cada artigo pode ter até três autores, sendo que ao menos um deles deve ter participado (com apresentação de trabalho) do GP Estudos de Televisão e Televisualidades no congresso nacional da Intercom de 2018 ou 2019. Em ambos os casos, o texto submetido para o livro não pode ser o mesmo apresentado no evento.

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