10 de dezembro de 2019
Após um conturbado período eleitoral e de crise político-econômica, o ano de 2019 apresentou desafios cada vez maiores tanto para a comunidade acadêmica quanto para a comunicação social no Brasil: simultaneamente à retórica oficial que tem buscado difamar a universidade pública e a imprensa, cortes orçamentários ameaçam o ensino superior e a pesquisa. Diante de tais desafios, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) tem se empenhado ainda mais para apoiar sua comunidade de pesquisadores, estudantes, docentes e profissionais da área.
Nesse contexto, os eventos promovidos pela Intercom consolidam-se como importantes espaços de diálogo, troca de experiências e conhecimentos, congregação e, principalmente, defesa da pesquisa e da carreira em Comunicação no Brasil. Foram cinco congressos regionais no primeiro semestre; o XIII Seminário Temático Globo/Intercom, em julho; o 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2019), em setembro; o II Simpósio Brasileiro de Estudos do Horror e do Insólito (InsolitoCom 2019), em outubro; e a VI Conferência do Pensamento Comunicacional Brasileiro (Pensacom Brasil 2019), nesta semana; além de eventos organizados por Grupos de Pesquisa mantidos pela entidade.
CONGRESSO NACIONAL
Com o tema “Fluxos comunicacionais e crise da democracia”, o 42º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2019) reuniu cerca de 3 mil pessoas na primeira semana de setembro na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. Com o trabalho árduo de aproximadamente 300 voluntários, a Comissão Organizadora do evento, liderada pela professora Maria Ataide Malcher (UFPA), conseguiu o que parecia impossível no atual cenário brasileiro: um congresso com 13 eventos (entre colóquios, fóruns e conferências), sessão de lançamento de 54 livros (Publicom), premiações, 56 oficinas e minicursos, e quase 1.600 trabalhos apresentados. Imbuída de criatividade e afeto, a organização também ofereceu alojamento e subsídio de alimentação para congressistas, bem como estrutura de apoio para participantes com necessidades especiais.
“Neste momento extremamente crítico para a universidade, sobretudo para organizar o maior evento de Comunicação do país, nós, da Intercom, somos eternamente gratos à equipe da UFPA e das outras universidades que fazem parte da organização do 42º congresso da Intercom”, afirmou Giovandro Ferreira (UFBA) em seu discurso durante o encerramento do congresso.
Além do tema central, que permeou todo o evento e foi abordado mais especificamente pelo espanhol Ramón Salaverría (Universidade de Navarra) na conferência de abertura do 42º Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, o congresso nacional promoveu debates de temas como a classificação dos cursos de Comunicação e as Diretrizes Curriculares Nacionais de Publicidade e Propaganda (no Fórum Ensicom); pesquisa e democracia na América Latina (no IV Colóquio Latino-americano de Ciências da Comunicação); contingenciamentos de verbas para pesquisa (no V Fórum Socicom-Intercom); condições de trabalho dos jornalistas (no IV Fórum Comunicação e Trabalho); e ataques ao campo das Humanidades (no I Colóquio Ciências Humanas). As questões socioambientais ganharam relevo, com a divulgação da “Carta de Belém para a Amazônia” pelos sócios da Intercom. E, durante o congresso, a Intercom assinou um acordo bilateral de fomento à pesquisa com a Associação Boliviana de Investigadores da Comunicação (Aboic).
Confira, em primeira mão, o videoclipe do Intercom 2019.
O próximo congresso nacional da Intercom será realizado de 2 a 7 de setembro de 2020 na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Com o tema central “Um mundo e muitas vozes: da utopia à distopia?”, o evento celebrará os 40 anos do Relatório McBride, documento publicado em 1980 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para propor uma nova ordem comunicacional.
MANIFESTOS
A Diretoria Executiva da Intercom (mandato 2017-2020) manifestou-se diversas vezes ao longo do ano sobre temas relacionados à pesquisa, à universidade e à Comunicação. Por exemplo, em carta aberta ao Governo Federal divulgada no dia 7 de maio, a Diretoria pontuou as seis principais preocupações naquele momento. No final de outubro, a Intercom assinou, em conjunto com outras instituições do campo da Comunicação, um manifesto em defesa da imprensa livre e democrática. E, no dia 13 de novembro, a Diretoria voltou a divulgar carta ao Governo Federal, desta vez repudiando a Medida Provisória (MP) 905/19, que, entre outras alterações negativas na legislação trabalhista, pretende eliminar o registro profissional de jornalistas, publicitários e radialistas.
Em 2020, a Intercom seguirá defendendo o Estado Democrático de Direito, a imprensa livre e independente, a universidade inclusiva e plural, a pesquisa e a docência.
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