Grupo de Pesquisa da USP lança relatório “Ensino remoto emergencial e transições associadas”

10 de agosto de 2023

O Grupo de Pesquisa Mediações Educomunicativas (MECOM) lançou neste mês o relatório digital da pesquisa “Ensino remoto emergencial e transições associadas”, que será apresentado e discutido no dia 30 de agosto como parte da programação remota do 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2023). O estudo se desenvolveu entre 2021 e 2023 e é parte do projeto de pesquisa “Comunicação e Educação: mediações tecnossociais no ensino básico”, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A investigação foi coordenada pelo professor Adilson Odair Citelli, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

Elaborado para o formato web, o relatório digital apresenta gráficos, dados e análise sobre diversas questões que envolvem os impactos da covid-19 junto aos professores e professoras que atuavam em salas de aula entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022. O período foi marcado pela gradativa retomada – não obrigatória – do ensino presencial, mas ecoando, ainda, a experiência do ensino remoto emergencial, que dependeu, em boa monta, dos mediadores técnicos para que fosse possível efetivar os processos de ensino-aprendizagem.

De acordo com o coordenador do projeto, entre os principais objetivos do trabalho estiveram apreender os limites e possibilidades interpostas pelos dispositivos técnicos à atividade docente – sem os quais a ação educativa formal estaria comprometida naquele momento –, assim como observar as ações que advieram nos primeiros momentos de volta às aulas presenciais. Uma das conclusões dos pesquisadores do MECOM, a partir da análise dos dados, diz respeito ao desafio enfrentado pelos professores e professoras no sentido de compatibilizar, por um lado, a organização curricular que caracteriza o ensino básico e, por outro, a demanda social, vinculada ao campo da comunicação e expressa, também, nos dispositivos que adentram as salas de aula, com maior ou menor autorização institucional: smartphones, redes sociais, internet etc. Incitamentos acentuados, ademais, pelo imperativo da modalidade remota de ensino ativada no período referente à nossa investigação.

A pesquisa envolveu 447 docentes do ensino básico, quase a totalidade (99,7%) atuando em escolas públicas, nos níveis fundamental e médio, com maior concentração no estado de São Paulo (59,7%,) seguido de Pernambuco (11,4%), Bahia (10,3%) e Santa Catarina (6%).

Para conferir o relatório, acesse https://mecom.eca.usp.br/2023.