CONHEÇA A NOVA DIRETORIA DA INTERCOM: FERNANDO FERREIRA DE ALMEIDA, DIRETOR ADMINISTRATIVO

11 de outubro de 2023

A Diretoria Executiva da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) eleita para a gestão 2023-2026 tomou posse, juntamente com o Conselho Fiscal, no dia 7 de setembro durante a 45^a Assembleia Geral Ordinária da entidade, realizada no Teatro São João Paulo II da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) como parte da programação do 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2023). A partir desta edição, o JORNAL INTERCOM publica uma série especial para apresentar os diretores e diretoras que estarão à frente da entidade no próximo triênio, começando com Fernando Ferreira de Almeida, que assume a Diretoria Administrativa.

Uma das figuras importantes na história da Intercom, o professor Fernando – ou Fefeu, como é carinhosamente chamado por ex-alunos e colegas – foi diretor Financeiro da entidade entre 1993 e 2017, vice-presidente no triênio 2017-2020 e presidente do Conselho Fiscal na última gestão (2020-2023). Participou da criação da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), do Intercom Júnior – cujo evento nacional ele coordenou de 2005 a 2009 – e do Fórum Ensicom, com especial atuação no processo de formulação participativa da proposta das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Publicidade e Propaganda. Ao longo desses 30 anos, acompanhou ativamente mudanças relevantes na Intercom, tais como a digitalização dos mecanismos de inscrição nos congressos e as atualizações no prêmio Expocom.

Juntamente com sua rica experiência tanto na Intercom quanto como docente – na Universidade Metodista de São Paulo e na Universidade Metodista de Piracicaba –, o professor Fefeu traz o olhar de quem acompanha de perto as evoluções e os desafios – presentes e futuros – no ensino e no mundo do trabalho do campo da Comunicação. Afastado da sala de aula desde 2018, hoje atua como assessor de instituições de ensino superior na criação e reformulação de cursos, além de ser avaliador de projetos em editais públicos de fomento à cultura no município de Piracicaba, interior de São Paulo, parecerista na Intercom e articulador do Fórum Ensicom.

“O Ensicom está ganhando novo fôlego, por conta do que vem ocorrendo na graduação. Há projeções de profissões que deixarão de existir formalmente, algumas delas da nossa área, principalmente devido à inteligência artificial. Como fica a formação desses profissionais se o mercado aponta que as carreiras não existirão mais? É um desafio muito grande”, afirma. “Passo por essas transições desde o início da minha formação. Na própria Intercom, saímos do formato analógico e introduzimos novas tecnologias – no Expocom, por exemplo, os trabalhos eram impressos e enviados por correio;hoje, o processo de submissão e avaliação é inteiramente on-line. Agora, vivemos uma transformação ainda mais acentuada, com cursos de formação de tecnólogos concorrendo com os bacharelados; cursos de graduação e pós-graduação sendo fechados; o desmonte das universidades públicas e o ensino superior sendo transformado em negócio. Com tudo isso acontecendo, temos que brigar por uma formação ética e crítica, e batalhar pela representatividade do campo da Comunicação junto ao Ministério da Educação”, orienta.

Nesse contexto, a Intercom, enquanto associação acadêmico-científica mais abrangente de nosso campo no Brasil, tem um papel crucial para que esse movimento de defesa do ensino, da pesquisa, da extensão e das profissões da Comunicação seja efetivo. E a Diretoria Administrativa, na visão do professor Fefeu, tem a importante missão de garantir a estrutura necessária para que a entidade desempenhe esse papel. “Sem essa estrutura, não é possível que a entidade tenha a representatividade que lhe é exigida nos tempos atuais. Lidaremos com questões burocráticas inevitáveis, que vão desde atualizar o estatuto até dar continuidade nos esforços de criar um regimento da Intercom que dê conta das novas legislações”, explica, acrescentando que esse processo de reorganização burocrática tem sido contínuo na entidade desde 1977, com a criação de mecanismos de controle, implantação de tecnologias e atualizações periódicas do estatuto.

Além disso, fluxos de trabalho, comunicação interna e externa e atendimento ao público também receberão especial atenção, uma vez que envolvem aspectos jurídicos e organizacionais. Um dos focos será a consolidação, nas rotinas da Intercom, da filosofia que tem guiado a entidade desde sua fundação e que agora é reforçada pelos pilares da gestão 2023-2026: escuta, antirracismo, diversidade, colaboração e igualdade. “Nossa visão inclui a conscientização de todas as pessoas que ‘fazem’ a Intercom – diretores e diretoras, funcionárias, prestadores de serviços, parceiros etc. – sobre os princípios que devem guiar suas ações, sobre a responsabilidade individual de cada uma delas e sobre as responsabilidades que temos, coletivamente enquanto entidade, em relação à nossa comunidade e à nossa sociedade”, completa.

O professor Fefeu ressalta que a Diretoria Administrativa vai trabalhar de perto com a Diretoria Financeira, conduzida por Daniela Ota (UFMS), a fim de viabilizar as reformas necessárias – que incluem, além das já citadas, questões trabalhistas relacionadas ao trabalho remoto e renovação de equipamentos, por exemplo.

“O diálogo e o respeito continuarão guiando o relacionamento da Diretoria com funcionárias, prestadores de serviço e instituições organizadoras dos congressos. E os princípios escolhidos para orientar esta gestão representam o avanço contínuo da cultura democrática da Intercom, de forma a refletir os movimentos sociais e, em uma via de mão dupla, contribuir para que eles avancem na sociedade”, conclui.

Acompanhe o JORNAL INTERCOM nas próximas semanas para conhecer outros diretores e diretoras que, a partir de agora, vão trabalhar para uma Intercom ainda mais forte e atuante.