Lusocom reúne pesquisadores de países de língua portuguesa em Balneário Camboriú

04 de setembro de 2024

Durante os dias 02 e 03 de setembro, aconteceu em Balneário Camboriú, concomitante ao 47º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, o XVI Congresso da Federação Lusófona de Ciências da Comunicação – Lusocom.

Durante a abertura do evento, o presidente da Intercom, Juliano Domingues (UPE/Unicap) destacou a parceria entre a Intercom e a Lusocom, e a alegria em os congressos serem realizados juntos. “Entendemos como uma grande oportunidade de troca de conhecimento e experiências entre os países de Língua Portuguesa. Temos muito em comum e é necessário ter espaços como esse para compreender as realidades”, disse.

Já para a Univali, abrigar o Lusocom junto com o Intercom foi uma experiência rica, que oportunizou ainda mais a troca de conhecimento nesta semana de setembro.“Este evento abre os trabalhos do maior evento de comunicação da América Latina, e se consolida como espaço de reflexão do espaço colonial da mídia desses países. A mesma mídia que influencia as práticas cotidianas. Por isso, o intercâmbio entre os países é fundamental para estimular a pesquisa científica e alcançar resultados que transformem a sociedade. É uma honra para a Univali sediar um evento desta proporção, que estimula as práticas comunicativas mais inclusivas e representativas”, afirma a Diretora da Escola de Negócios, Educação e Comunicação da Univali, Francine Simas Neves.

O tema do evento deste ano foi “Comunicação, Mídia e Jornalismo: como construir comunidades pós-coloniais?”. A mesa de abertura, realizada na segunda-feira (02), foi com o professor Renato Ortiz, e os participantes foram convidados a refletir sobre influência, consumo e luxo. Na sequência, sessões temáticas foram realizadas e abriram espaço para diálogo e reflexão que foram ampliados também nos Grupos de Trabalho durante a tarde.

Na mesma linha, o Presidente da Lusocom, Carlos Camponez, reforçou que estar no Brasil esse ano oportunizou que mais pesquisadores lusófonos participassem das atividades, principalmente questões sobre a comunicação e cultura das comunidades de língua portuguesa.“Proporcionamos espaços para criação de projetos e discussão de novas parcerias entre os pesquisadores envolvidos. E isso é muito importante quando falamos de ciências da comunicação”, completou.

O congresso da Lusocom trouxe outros debates para o Congresso, incluindo sessões temáticas e painéis com temas diversos, como a discussão acerca de Paulo Freire e as perspectivas comunicativas para a Lusofonia e Rotas comunicacionais, perspectivas africanas. O Congresso da Lusocom teve atividades na segunda (02) e terça-feira (03), paralelamente ao Congresso Nacional da Intercom.

"O evento desta semana é importante porque a presença física é um elemento decisivo para nós criarmos redes, não apenas virtuais, mas pessoais, porque podemos e precisamos ver as pessoas, criar confiança, criar laços para podermos falar com toda a comunidade. Esse espaço é muito importante para construirmos um processo de reflexão", finaliza Camponez.

Protocolo Santa Catarina

No encerramento do evento deste ano, a Lusocom assinou o Protocolo Santa Catarina, deixando de ser uma Federação para se tornar a Confederação das associações científicas das Ciências da Comunicação dos países e comunidades de cultura e de língua luso-galego-ásio-afro-brasileira.

Na prática, segundo Carlos Camponez, a alteração garante que as entidades que participam da associação não percam sua autonomia. "Ao contrário, a Confederação aumenta nossa atuação junto aos países e comunidades de cultura e de língua lusófona e galega, principalmente visando criar uma rede de pesquisadores desta área".

Na edição deste ano, também foi anunciada a nova sede do Congresso da Lusocom, a ser realizado em 2026, em Galiza, uma comunidade autônoma no noroeste da Espanha.